Brasil e Estados Unidos começaram, dia 2, discussões sobre uma cooperação voltada à criação de hubs de energia limpa, com a participação dos governos e do setor privado. Esses centros de inovação e compartilhamento serão focados no desenvolvimento de hidrogênio e tecnologias de Captura, Uso e Armazenamento de Carbono (CCUS, na sigla em inglês).
O tema foi abordado durante o Fórum de Energia Brasil-EUA, realizado em Foz do Iguaçu, Paraná, em um encontro entre o ministro de Minas e Energia do Brasil, Alexandre Silveira, e a secretária de Energia dos Estados Unidos, Jennifer Granholm. Silveira destacou a relevância da parceria com os EUA. “Com essa iniciativa, buscamos criar hubs de energia limpa que possam aproveitar as sinergias entre os projetos e gerar escala econômica para impulsionar a descarbonização industrial. A colaboração com o governo americano é crucial para aprendermos com suas experiências e desenvolvermos uma regulamentação mais eficiente para o CCUS”, afirmou.
Brasil e EUA
A troca de conhecimentos entre os dois países também foi enfatizada pelo ministro brasileiro. Ele ressaltou a expertise dos EUA na produção de energia nuclear, enquanto o Brasil compartilhou suas políticas públicas de sucesso no setor de biocombustíveis, que o colocaram como líder mundial nessa área.
Por sua vez, Jennifer Granholm reconheceu a importância das recentes legislações aprovadas no Brasil sobre hidrogênio de baixa emissão e o combustível do futuro, elogiando o papel do país na promoção de energia limpa e descarbonização nos setores de petróleo, gás natural e indústria. A secretária americana também anunciou a cooperação com o programa Energias da Amazônia, que busca descarbonizar sistemas de energia isolados na região amazônica.
Durante o evento, Silveira e Granholm assinaram um memorando de entendimento para que o Brasil sedie o Solar Decathlon, uma competição internacional promovida pelo Departamento de Energia dos EUA.
Competição Solar Decathlon
O Solar Decathlon é uma competição universitária criada para capacitar a próxima geração de profissionais da construção civil a projetar e construir edifícios de alto desempenho e baixa emissão de carbono, movidos a energias renováveis. A primeira edição foi realizada em 2002, e agora, com o acordo, o Brasil deverá sediar uma futura edição do evento voltado à América Latina e Caribe.
Fonte: capitalist